ANÁLISE COMPLEMENTAR durou mais de um ano a campanha presidencial nos EUA, já que os candidatos tiveram que ser indicados pelos partidos, a votação durou meses e a contagem de votos uma semana, este foi o maior programa eleitoral da mídia já visto, apenas superado pelo show pandêmico, graças a covid 19, a Internet e Donald Trump.
Mas o número de infectados nos Estados Unidos tem cifras recorde e caminha para ultrapassar 130 mil pessoas por dia, as mortes são próximas a 250 mil e a pandemia voltou em uma segunda onda para a Europa, enquanto na América Latina é uma multiplicação incalculável de mortos e doentes.
As eleições na Bolívia, no Chile e agora nos Estados Unidos tornaram-se a válvula de escape, o sedativo temporário de uma crise de saúde que assume dimensões inesperadas em uma crise econômica que difere de um país para outro, o que torna mais difícil resolvê-los.
Na América, os países que fizeram eleições se sentem como consolo para derrubar os governos de direita como Trump nos EUA, Añez e a direita boliviana, aspiram afundar Piñeras no Chile, ou Martín Vizcarra no Peru, enquanto no Brasil as eleições federais aspiram a ver a ressurreição do Partido dos Trabalhadores e retornar a Lula como a fênix.
No Equador, o cadastramento dos candidatos de Correa, que foi uma odisséia, que torna a pandemia uma notícia tão banal que o interesse por ela agoniza, sem deixar de causar choque,
Maduro aspira a demonstrar que as eleições na Venezuela são e sempre foram transparentes, e a oposição a manifestar o contrário, simplesmente não participando.
Mas na América Central as coisas têm outra nuance. A pobreza agora multiplicada por furacões, inundações e transbordamentos de ondas migratórias através das fronteiras, criando uma maré humana que está pronta para fazer qualquer coisa, para escapar dos infernos chamados Guatemala, Honduras, Salvador ou México, onde a pobreza evoluiu para a violência de todo tipo.
A América Central, fornecedora de bananas, contras, açúcar, tabaco ou frutas para os Estados Unidos, agora caminha para derrubar o muro de Trump e morrer em território norte-americano, que acreditam ser menos feio do que morrer dentro ou no portal de sua Casa.
Como se fosse para escapar da peste bubônica do século XV, ou de guerras como a da Síria, a migração centro-americana escapa de maus governos, porque são corruptos, cruéis ou mentirosos, como a maioria dos que nascem. das tempestuosas eleições na América Latina.
Essa pandemia que atingiu Donald Trump, Ronaldo, o melhor jogador de futebol da Itália, Boris Johnson da Inglaterra e que se depender do Papa Francisco, não o deixará dar três passos, tem nas eleições do continente americano um válvula de escape, que alivia a horrível pressão a que somos submetidos.
Ao contrário do que acontece nos países mais ricos, aqui não há ajuda sustentada, nem a menor possibilidade de reativação, sem passar pela angústia, pela fome, pela miséria, pela dívida, por tudo, por falta, falta de comida, de serviços higiênicos, de água até para as dívidas para a casa, para a comida respirar.
A América está se preparando para ser o novo motor de mudança no planeta, como a Ásia foi uma vez, no tempo dos persas ou muçulmanos, ou a Europa e seus cristãos foram por 5 séculos, e os Estados Unidos por dois. Hoje, uma enorme horda de famintos está se reunindo ao sul do Rio Grande e do muro. As Forças Armadas dos Estados Unidos que possuem 3 vezes mais armas do que os habitantes das casas e o maior exército do mundo se preparam para aquele momento terrível ao vê-los chegar todos os dias por ar, mar, terra, subterrâneo e até por submarinos com cocaína.
Só há uma maneira de impedir isso, que é o germe de uma nova guerra mundial, e é eliminando fronteiras, salários e preços ruins, ignorância, fome, doenças e injustiça.
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