América Latrina, o caldeirão da pandemia que ameaça a paz mundial
ANÁLISE COMPLEMENTAR; A Guatemala explodiu ontem, o Peru anteontem e o Chile primeiro, os três países determinaram que o problema são suas constituições, assim como seus congressos, eles não os querem mais, querem novas constituições diferentes das de Pinochet ou de Fujimori.
Tanto no Brasil quanto no México, ou na Argentina, Venezuela e Equador, a economia entra em colapso e a violência assume a forma de violência urbana, em que as pessoas procuram algo na rua para sobreviver, até o dia seguinte, enquanto o tráfico de drogas se instala órgão como alternativa econômica na Colômbia, Peru e Equador.
Mas a dramática chegada de furacões na América Central complica o panorama, a infraestrutura rural da Nicarágua e especialmente de Honduras está danificada. Para a Nicarágua, é mais uma prova de sua enorme resiliência, já que sofreu terremotos terríveis, revoluções sangrentas, guerras prolongadas e um longo assédio dos Estados Unidos, o que torna os nicaraguenses os latino-americanos mais endurecidos para evitar desventuras.
Mas esse turbilhão que sacode a América Latina está nos acordando e nos confrontando com nosso passado de fornecedores de matéria-prima e mão de obra barata, com a tragédia de governos que das infames ditaduras à onda neoliberal, que nos levou a uma situação sufocante em países como Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Peru, Colômbia, Equador, Paraguai, enquanto o socialismo do século XXI, enfrentou os Estados Unidos em desvantagem na Venezuela, produzindo uma crise migratória extraordinária e em Cuba a eterna confronto entre o marxismo do último lugar do mundo, com o capitalismo descontrolado dos Estados Unidos.
A América Latina é hoje o caldeirão do planeta onde se cozinha o futuro da globalização e das relações pós-pandêmicas, entre os seres humanos e entre os seres humanos e a natureza.
Entre os problemas a serem superados está o divisionismo interno, que foi construído desde o fim do Império Espanhol e forjado pelo Império Britânico e Norte-Americano, que usou divisões sociais, guerras de fronteira, competição entre países irmãos, para ter preços baixos e excesso de oferta.
Hoje a crise em todos os aspectos cria legiões de caminhantes que se dirigem à fronteira sul dos Estados Unidos, para contorná-la ou derrubar o muro de Trump, escapando desse pequeno inferno chamado de países latino-americanos, fabricado em 200 anos de injustiça, exploração e abusos de todo tipo.
Essas ondas humanas estão indo dos piores países do mundo para o melhor país do mundo, para aqueles mundos perfeitos, construídos com preços premium e mão de obra barata daqueles ao sul do Rio Grande.
É a hora de ir para o norte, porque por aqui as coisas estão ficando insuportáveis e nos Estados Unidos o país está entrando em colapso, está dividido, está falido, porque tem milhões de infectados, centenas de milhares de mortes e está ocupado desligando a instabilidade interna, os confrontos raciais, a crise psicológica, de saúde e social que o oprime.
Chegam tempos difíceis em que o chamado Novo Mundo acabará com o tempo em que os impérios brancos, cristãos do Velho Mundo ocidental, dominam o resto do planeta.
Os Estados Unidos estão abandonando sua velha escola, seu passado glorioso e são o novo modelo do que é um país inteligente no século 21, que pode nos inspirar, ao invés do que foi até hoje o inimigo, explorador e opressor, que espreita todos os outros países do mundo, que considera inimigos, com os quais só conseguiu multiplicá-los.
Estamos em um ponto de ebulição, em que novas tecnologias determinam novas relações interpessoais e sociais e entre países, onde a diversidade cultural, racial e étnica é protegida, como a maior fonte de informação genética humana e biodiversidade, clima e luta Contra as mudanças climáticas, a extinção de espécies, culturas, memórias coletivas, passa a ser responsabilidade de cada ser humano do planeta e de todos os países. Uma época em que a colaboração é mais importante do que competição e guerra.
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